quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Capitalismo e Neopentecostalismo ( Rcc)
Segundo algumas definições acerca do capitalismo: " O Capitalismo, é o meio mais eficiente e eficaz de prosperidade, desenvolvimento e eliminação de pobreza nas sociedades, devido ao seguinte argumento central: cada indivíduo, por depender basicamente do seu próprio esforço, por ter direito a acumular e desfrutar dos produtos gerados por este esforço, por ter de assumir e colocar em risco seu próprio patrimônio é altamente motivado a utilizar seus recursos (materiais e intelectuais) da melhor forma (mais eficiente) possível, e a melhor possível é a que gera maior riqueza para a sociedade, já que os indivíduos dependem de transações voluntárias. "
Como se pode obeservar, essa tendencia que domina uma grande gama de patrias e pensamentos direta e indiretamente, tem um lado não muito observado pelo seus adeptos que é o enraizamento dentro de uma cultura extremamente consumista que leva ao egoismo e ao subjetivismo (ja abrangendo uma dimensao religiosa do ser humano).
Vivemos em um sistema economico que visa nada mais nada menos que o lucro, a obtençao de bens e o individualismo, situaçoes essas que foram enxergadas talvez por manipuladores historicos de sistemas e paises, como soluçao prévia e viavel para uma sociedade marcada por revoltas, represarias e guerras. Sistema este que por fazer um individuo viver por si mesmo e depender absolutamente de si próprio, cria disputas e competiçoes em ambientes de trabalho e também sociais implantando no intimo de cada cidadão a vontade de ser sempre mais.
Se em alguma epóca foi visto como uma estratégia de burlar a pobreza tirando a culpa dos estados ou de uma organizaçao politica acerca das desgraças vistas no campo economico-social, hoje nos deparamos com maiores calamidades, desgraças e devastaçoes em campos que o homem por sua extrema arrogancia e petulancia foi levado a trilhar para obter o bem estar.
Campos como a natureza vem sendo monopolizado e devastado por uma intença cobrança ate´por parte admistrativa e social do aceleramento do desenvolvimento de paises ainda não desenvolvidos, levando a extraçoes ilegais de madeiras, devastaçao de campos e espaços da amazonia para a fixaçao de monoculturas como a soja, para criaçao de gados, e para obetençao de produtos naturais como celulose(matéria prima para o papel) derivados do eucalipto, que consomem muita agua do solo tornando o infértil, quando se há grandes plantaçoes, e ainda não podemos esquecer do campo industrial que além de necessitar desses bens nautrais sitados, colabora com a destruiçao do meio ambiente por conta da poluiçao e falta de politicas publicas de fiscalizaçao para diminuir essa depredação.
Como vemos, um sistema que não preza pela vida, pela uniao e pela fraternidade, cria confrontos de "reinos contra reinos", desfavorece ainda mais os desfavorecidos e cria mais uma realidade de exclusao e marginalizaçao. Fazendeiros, lideres industriais e estatais se beneficam diretamente da mão de obra e impostos para sua elevaçao de status e poder economico, e a nossa realidade que através de um plano apresentado e chamado de capitalismo, que só devastaria os preguisos por ser o trabalho uma exigência para ser um "alguem", acaba afetando os trabalhadores honestos e dedicados ao desenvolvimento.
Ongs e grupos geralmente são gestados como reposta a essa realidade "vampirica" e egoista. Nas igrejas mesmo, pastorais e movimentos se formam todos os dias para atender melhor uma população carente de atenção, e necessidades básicas como educação, saúde e alimentação.
No CELAM de Puebla e Medellín foi confirmado a opção preferencial da igreja pelos pobres e desprovidos de ajuda por esses sistemas contraditórios a vida humana.
Como a população brasileira e mundial sofre as “dores de parto” pelo monopólio do poder, tendências são geradas, e o subjetivismo passa a ser uma grande forma de recrutar fiéis para dentro da igreja, com pregações que sinalizam a presença de Deus em meio as tribulações e como sugestão ultima aos problemas enfrentados por todos, remediando doenças com trabalhos de cura interior e uma ampliação de crenças em “milagrismo” pela fé, onde qualquer tipo de problema pode ser remdiado pela conversão a Deus único, que pode transformar tudo pela força da oração.
A Renovação Carismática Catolica é um exemplo clássico de movimento que surge para o atendimento da carência das pessoas em meio a desiluzoes, privatizando o ensinamento e conhecimento do amor de Deus particularmente através do Espírito Santo e dos seus dons. Esse movimento busca dar uma nova abordagem às formas de evangelização e renovar práticas tradicionais dos ritos e da mística católicos.
Segundo os críticos mais diretos da RCC ” alegam que ela fomentaria a "histeria coletiva", além de uma leitura literal e fundamentalista da Bíblia. Muitos deles acham que o clero faz vista grossa com relação aos exageros da RCC devido ao temor do crescimento evangélico no Brasil, já que ela seria uma forma de poder atrair mais fiéis e mantê-los.”
“Movimentos mais ligados a questao popular dentro da igreja expressam algumas de suas indignaçoes a cerca da RCC. Principalmente a Teologia da Libertação que tem raízes no Marxismo e Comunismo e fala de luta de classes e participação de cristãos católicos na política, com a intenção de se "construir o reino dos céus na Terra." Alguns membros da Igreja chegaram mesmo a participar da fundação de partidos políticos como o Partido dos Trabalhadores, no Brasil.”
A Igreja a partir da teologia da libertaçao mostra seu trabalho direto com causas populares, mas outros nucleos se vem limitados a questoes primarias mas não sem importancia como a RCC.
Se por um lado o capitalismo é mencionado como uma grande causa de injustiça e desigualdades, movimentos como a RCC que recrutam milhares de fiés em encontros e congressos carismaticos em ambientes como a Cançao Nova, levam de certa forma os fiés a um comodismo religioso, principalmente por acharem que o reino anunciado por cristo é um reino além da terra e fora do espaço a que estamos limitados, se tornando pessoas sem perspectivas de confronto direto contra problemas vivenciados hoje por toda populaçao.
Pelo capitalismo o nosso bem estar depende do nosso esforço, para alguns criticos a nossa salvaçao pela visao fundamentalista de adeptos da RCC depende de uma vida de adoraçao e serviço( o que muito se resume em discursos deles ao assistencialismo).
Mas o que muito pouco se nota é que sua semelhança com o capitalismo esta no comodismo de quem sofre, e no consumismo de artigos religiosos, que auxiliam na vida d fé sendo um ponto simbólico que faz uma ponte entre a crença e a realidade, mas que gera um apego e devoçao a objetos q deveriam apenas auxiliar na vida de fé, mas não serem vistos como meios de salvaçao como muitos veem.
Cristaos catolicos, por falta de formaçao, orientaçao e instruçao, tem uma fé que não acompanham o ritmo que necessitamos para uma mudança direta por açao de quem anseia por ela. Vivemos com uma fé infantilizada e pragmatizada em crucifixos, imagens, terços, e outras “bugigangas” encaradas como meio de acesso a vida em cristo. A RCC fomenta essa carencia de vida digna e direitos preservados, com esperança da vinda gloriosa de um Cristo que ja veio para salvaçao dos que padecem.
E cada vez mais diante dessa realidade vemos o numeros de adeptos crescerem dentro desse movimento, e mais pessoas manchadas pelo fanatismo e alienaçao se engajando a ideias primitivas, deixando de exercerem seu papel de cidadaos e revindicando direitos, dando margem para o capitalismo se tornar mais selvagem e excludente até msmo dentro da igreja, onde a dimensao comunitaria, social e fraterna fica apenas na teoria.
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Meu amigo fiquei até sem palavras para comentar sobre seu comentário!
ResponderExcluirRegina