segunda-feira, 28 de março de 2011
Qual a melhor religião?
Leonardo Boff traduz assim um diálogo com Dalai Lama:
No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:
— Santidade, qual é a melhor religião? Esperava que ele dissesse: "É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo".
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos — o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta — e afirmou:
— A melhor religião é aquela que te faz melhor.
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
— O que me faz melhor?
— Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.
Inquestionável a resposta de Dalai Lama, principalmente diante de um mundo cercado pela concorrência não apenas de mercado mas também religiosa, onde uma denominação tenta sobressair frente a outra, dentro de uma guerra doutrinal, repassando seu ponto de vista aos fiéis e maldizendo e agredindo as outras simplesmente porque não sabem achar aquilo que toda religião tem em comum o amor...
Uma religião que não sabe fazer aquilo que a denominação da palavra diz que é o religar já começa errado... Lideres religiosos, que põe a religião como verdade absoluta relacionando-as com outras também erra... sobretudo ainda existem aqueles que confundem a Palavra evangelho que tem por etimologia e significado Boa Nova, colocando-a num conceito de evangelização onde o ponto gritante não é levar algo novo como o próprio nome ja o diz, mas sim levar o proselitismo, ou seja vomitar nos ouvidos dos que te escutam o seu egocentrismo e o seu fanatismo...
A poucos dias escutei um absurdo de uma protestante pertencente a Igreja Quadrangular: " quando eu bebia não era eu que estava bebendo." Para quem tem um pouco e consciência percebe tamanho absurdo proferido... Tais protestantes como esse não sabem ao menos reconhecer as atitudes que tomam na vida, e ao invés de admitir as coisas que fazem sendo essas certas ou erradas, não dizem que a fazem, mas dizem que algo, seja esse algo o demônio, ou um espírito ou ainda uma entidade maléfica as levaram a tal opção. Hipocrisiaaaaaaaaaaaa
Cada vez mais as pessoas tiram as responsabilidades sobre suas atitudes das suas costas, e atribuem ao "coitado" do demônio que as vezes nem é o culpado da historia... É muito fácil dizer que o demônio nos fez errar, mas dificilimo dizer que eu sou um ser pensante e que minhas atitudes erradas também vem de mim, o meu verdadeiro demônio sou eu mesmo.
A fome de mundo é de amor como já dizia Madre Teresa de Calcutá, não de religião...
A religião pode ser um veiculo de acesso a Deus mas não o principal, que na verdade é o amor e a solidariedade.
Desde que o dialogo seja feito afim de buscar coisas em comum entre uma religião e outra tudo é muito valido porque pensamos em juntar esforços, mas quando isso é feito para meios de engrandecimento de uma religião e outra é melhor fazer como diz a musica: " ado aaaado Cada uma no seu quadrado".
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